Trabalhou quase 50 anos, inicialmente no rádio e depois na televisão. É considerado o primeiro comunicador do Brasil. O apelido "Chacrinha" vem da época do rádio. A emissora onde Abelardo trabalhava ficava numa chácara pequena e o comunicador se referia ao local como a "chacrinha". O apelido virou nome conhecido mundialmente.
Do rádio para a TV

No grande show de inauguração da TV, que foi ao ar em 18 de setembro de 1950, chamado "TV na Taba", a apresentação humorística foi um grande sucesso e, apenas dois dias depois, a TV Tupi estreava o primeiro programa humorístico da televisão brasileira: Rancho Alegre. Protagonizado por Mazzaropi, Geni Prado e João Restiff o programa estreou dia 20 de setembro e marcou também a estréia de Chacrinha na TV. A estréia dele no programa ocorreu em 1957, onde ele interpretou um xerife, numa paródia do wester americano. O sucesso de Chacrinha foi tão grande que, no mesmo ano, a TV Tupi colocou-o na apresentação da Discoteca do Chacrinha.
Seus programas misturavam calouros e musica. Discoteca do Chacrinha, a Buzina do Chacrinha e o Cassino do Chacrinha foram sucesso em todas as emissoras nas quais Chacrinha trabalhou: TV Tupi, TV Rio, TV Bandeirantes e TV Globo.
A brincadeira de jogar bacalhau começou quando o o programa do "Velho Guerreiro" foi patrocinado pelas Casas da Banha.
Em 1987, recebeu o título de professor honoris causa da Faculdade de Cidade; neste mesmo ano, foi homenageado pela Escola de Samba Império Serrano com o enredo "Com a boca no mundo, quem não se comunica...".
Foi casado com dona Florinda Barbosa por 41 anos e teve 3 filhos: José Amélio, Jorge Abelardo e Zé Renato. Faleceu em 30 de julho de 1988.
Chacrinha é o autor de expressões que se popularizaram por todo o Brasil, como:
"Quem não se comunica, se trumbica!"
"Eu vim para confundir e não para explicar"
"Terezinhaaaaaa...."
"Vocês querem bacalhau?".
Foi citado até em música:
"...o Velho Guerreiro balançando a pança e comandando a massa..."
(Gilberto Gil - Aquele Abraço)
Chacrinha nunca perdeu o contato com o rádio. Era comum vê-lo nos corredores das emissoras, visitando os colegas, negociando promoções e divulgando suas marchinhas de carnaval. Era acima de tudo um ouvinte de rádio.
O porquê de Chacrinha
Quando Chacrinha entrou na rádio Clube de Pernambuco, em 1937, convidado para uma palestra sobre o álcool e suas consequências, o Brasil perdia um médico e ganhava seu mais célebre palhaço. Foi uma troca que valeu-lhe a fama. Chacrinha começou a estudar medicina em 1936, tentando se livrar da palavra falência que sempre acompanhou seu pai comerciante.
Dois anos depois de começar seus estudos de medicina, isto é, em 1938, caiu nas mãos de colegas já formados que o salvaram de uma apendicite supurada e gangrenada. Ainda convalescente da delicada cirurgia, ele, como percussionista do grupo "Bando Acadêmico", viajou como músico no navio Bagé rumo à Europa, em 1939. Na volta desembarcou no porto do Rio de Janeiro, decidido a tentar a vida na então capital federal.
No Rio, Chacrinha começou sua coleção de empregos. Tentou ser locutor da rádio Vera Cruz e, posteriormente, da Tupi e da rádio Clube Fluminense, mas seu forte sotaque nordestino não combinava com a função de locutor comercial, pelo menos na época.
Na rádio Clube de Niterói, que ficava numa chácara em Icaraí, insatisfeito com a programação, onde atuava, Abelardo Barbosa pediu à direção da emissora para fazer um programa de música carnavalesca tarde da noite. "O Rei Momo na Chacrinha" vingou e foi ao ar em 1942. A fama de "doido" estava consolidada. O estilo irreverente do comunicador, que recebia seu público na chácara de cuecas e com um lenço na cabeça, acabou ganhando o apelido de Chacrinha. Após o carnaval daquele ano, o programa mudou de nome para "O Cassino da Chacrinha", assim mesmo, no feminino.
O programa era pouco convencional. Chacrinha simulava entrevistas com artistas famosos e recriava a atmosfera de um verdadeiro cassino com efeitos sonoros malucos que não dispensavam a colaboração de galos e outros bichos que existiam na chácara. O "Cassino da Chacrinha" ficou no rádio até 1955, quando o "velho guerreiro" foi batalhar na televisão, no caso a Tupi do Rio, onde apresentava seu programa "Rancho Alegre".
Quase todas as emissoras de televisão do Brasil tiveram o apresentador como contratado. Já em 1959 a "Discoteca do Chacrinha" era o programa mais popular da TV. O ex-futuro médico já se apresentava com as mais extravagantes fantasias. Em 1968, o péssimo humor dos censores não aprovava as maluquices e Chacrinha chegou aos anos 70 seguido de perto por eles.
Frases de Chacrinha
"Eu vim pra confundir, não pra explicar."
"Na TV nada se cria, tudo se copia."
"Não sou psicanalista e nem analista. Sou vigarista."
"Alô Sarney, não perca de vista o pecuarista."
"A melhor lua pra se plantar mandioca é a lua-de-mel."
"Alô, Dona Maria, seu dinheiro vai dar cria."
"Honoris causa é a mesma coisa do que hors-concours."
"O mundo está em dicotomia convergente, mas vai mudar."
"Quem não se comunica, se trumbica."
"Terezinha, uuuuuhhh!"
"Na TV nada se cria, tudo se copia."
"Não sou psicanalista e nem analista. Sou vigarista."
"Alô Sarney, não perca de vista o pecuarista."
"A melhor lua pra se plantar mandioca é a lua-de-mel."
"Alô, Dona Maria, seu dinheiro vai dar cria."
"Honoris causa é a mesma coisa do que hors-concours."
"O mundo está em dicotomia convergente, mas vai mudar."
"Quem não se comunica, se trumbica."
"Terezinha, uuuuuhhh!"
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